8 de janeiro de 2011

Das músicas que permanecem


Fecho os olhos e ponho a música a tocar. Como estes acordes me são familiares... Subitamente percorre-me o corpo uma sensação de calor e aconchego, daquelas que só se sente no Verão. Apetece-me ir à praia, mesmo que ao chegar lá me desiluda e que o calor passe e dê lugar ao vento de Inverno. Apetece-me ir a um jardim, mesmo que ao chegar lá me desiluda e o verde tenha dado lugar ao castanho de Inverno. Apetece-me passear, sorrir e sentir-me quente sem ser necessário vestir um casaco. Foi o que esta música me fez. Marcou-me este tempo e aquele espaço. Não sei se o futuro me vai proporcionar tempo para isto, e com isto quero dizer que talvez no futuro não possa correr na praia, ou sequer pôr a música a tocar para me lembrar de como se senti livre ao fazê-lo. Não sei também se as gerações que vierem a seguir a mim vão gostar tanto disto como eu, ou se vão gostar de parar no tempo e sonhar, sequer. Eu sou feita disto. De memórias, de vivência. E de músicas como esta, que só ouço de vez em quando para que o gosto não se perca e a sensação especial não desapareça. Fast car.

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