8 de janeiro de 2011

Ás vezes sinto medo, outras vezes saudade. Ou medo de sentir saudade, ou saudade de sentir medo. Sento-me em frente ao meu reflexo e repito freneticamente «o vento de um inverno levanta muito pó, o sol do verão queima tudo sem receio e foi simplesmente assim que tu abriste as asas e voaste, sem pedir sequer licença» e um dia a tua recordação em mim irá desvanecer. Qual aguarela molhada da chuva. Os traços do teu rosto irão deformar-se na minha cabeça, e irei deixar de te sentir comigo. Hoje não é o dia, mas algum dia irá ser. (30)

Sem comentários:

Enviar um comentário