7 de março de 2010

parabéns

Não entendo como já dei tudo por ti, como eras a minha vida e sentimento, e te tornaste em alguém tão pobre em personalidade. Pelo teu bem, e não pelo meu, pela primeira vez: cresce.
Deixa que todas as vozes se tornem barulho de fundo, e que todas as pessoas não passem de pinturas e ouve-te, caso isso ainda te ajude.
Segue o teu caminho e arranca todas as páginas para trás desta, a nº 5840. pelo teu próprio bem. Segue quem eras há dois anos atrás, ou a pessoa que eu via em ti. Única e quase perfeita. Fica só contigo, já que me perdeste. Não esqueças quem eras comigo, mas podes esquecer-me a mim, não me importo. Agora já não me importo. Porque faço o mesmo, quase todos os dias. Todos não, porque já não me lembro de ti em todos eles. Orgulho-me de ter crescido sem ti embora reste um pouco de pena de tanto tempo ter ficado cortado como um fio com tantos nós impossiveis de retirar. Só por teres sido quem eras, ainda exista um pouco de compaixão. Talvez. Vejo-te como uma irmã que mudou de mundo, é engraçado e muito simples ver-te assim. Já não consigo dizer que te amo, ficou muita angústia em mim que o impossibilita, mas talvez a criança que há em mim te ame e te queira bem. Talvez...

2 comentários:

  1. Anónimo15.3.10

    Indescritível! E esta música a acompanhar estes textos.... Catarina, NUNCA DESISTA, de escrever, de ser e de sentir!

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