SdM 2

Desculpa- disse eu- desculpa por não estar a ser aquela que conheceste no primeiro dia, por não te dar todo o amor que queres e que mereces, por todas as pequenas e grandes coisas que se puseram no meu caminho e que me impediram de te ser tudo, por me faltar qualquer coisa, ou por qualquer coisa. Desculpa por te querer privar das coisas que gostas, ou mesmo que não o queira fazer, que acabe por acontecer. Desculpa por teres razões para dizer “nunca sei se quando dizes que é na boa, é mesmo na boa ou estás a moer por dentro”, é que acho que já implico com tanto que se te fosse a dizer na verdade aquilo que me põe a moer por dentro iria complicar muito mais as coisas.

Não sei se será só uma fase, ou se realmente te vou pôr à espera para nada - tal como dizes, mas aconteça o que acontecer fica sabendo que nunca, mesmo que por algum momento tivesse pensado que sim, nunca ninguém valerá a pena como tu vales. Porque por mais pressão que me ponhas em cima, por mais dores de cabeça e beiças de amuada que me tragas, serás sempre aquele que deu tudo por mim. Até à última.

É verdade, e já to disse, que às vezes quero desaparecer ou deixar de sentir dor. Não tem a ver contigo, mas são demasiadas coisas em cima dos meus ombros. “Já para lutar por mim faço um esforço enorme, quanto mais pelas outras coisas. Se calhar tenho tanta coisa em cima de mim que mais valia acabar com uma delas”. Disse-o e sinto-o. Mas não pretendo acabar com isto, porque já tivemos duas grandes quebras e passamos sempre por cima. “Á terceira é de vez”. Espero que não, amor. Espero mesmo que não seja, visto que nestes últimos nove meses fomos bem felizes. Ah, e mais um pedido de desculpa: … por ser sempre culpa minha quando estamos nestas situações.

Gosto muito de ti, J.